sexta-feira, dezembro 03, 2010

É o dia de vocês.


Dia 3 de dezembro, o DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS.


Sabe gente, eu passei mais de um mês sendo uma deficiente física. Eu fraturei a Fíbia; um osso fino que acompanha a Tibia que é o osso mais grosso. Muita gente perguntou como... e eu digo: Eu caí da piscina.
Claro que eu falando isso, as pessoas vão tirar conclusões que eu caí na piscina, mas eu caí DA piscina. Ou seja, eu caí no chão. Sim, e caindo no chão tu quebra um osso?


Eu fazendo meu papel de criança, estava brincando de pega-pega no mezanino do prédio no qual eu habito. Eu por ser muito confiante, fiquei perto do pega que no caso era Arthur enquanto ele contava até 25. Quando chegasse em 20 eu correria mas não deu tempo, porque Arthur tem 15 anos e corre mais do que eu,  sendo assim corri em direção da piscina e invés de descer a escadinha, eu fui correr pela borda da piscina. Sendo assim, quando fui fazer a curva, sem querer coloquei o pé para fora da borda, que por sinal caiu uma perna e a outra ficou e bateu na borda, causando a fratura.

E por pior, minha mãe tinha saído, e esqueceu o celular no carro. Eu comecei a chorar no chão, quando meu irmão me colocou nos braços e me colocou na cadeira da piscina, onde fiquei cerca de 1 hora chorando. A ponto de fazer meu irmão se estressar e me colocar nos braços de novo, até me levar ao sofá lá do meu apartamento. Que foi no mesmo momento que minha mãe marcou presença lá, e logo depois chegou meu pai cujo me colocou no carro, isso já era mais de 22:00, então a Clinor já estava fechado, então tivemos que ir para outra clínica lá no bairro da Torre. Chegando lá, fui atendida; e depois do resultado dos Raios-X, recebi a notícia que teria que ficar com a perna imobilizada por 2 meses. Eu perdi o show de Luan Santana por isso, eu já tinha comprado os ingressos, e tive que vender. No 1º dia eu imobilizei a perna toda, e tive que usar cadeira de roda 1 semana, porque sempre tinha que deixar a perna plana, nunca para baixo. Depois dessa semana, o médico disse que eu podia usar o gesso que tinha que ser abaixo do joelho, ou seja, isso significa que eu já podia usar muletas.


No colégio, eu mal podia usar as muletas, porque as pessoas não paravam de pedir para andar com elas. Sempre quando eu pedia de volta, outras pessoas chegavam também para pedir, então não era eu que estava usando as muletas, eram eles. O ruim disso tudo é que as pessoas menores de 6 anos não compreendiam que eu estava assim por necessidade, eles não paravam de me encarar.  Passei 1 mês de muletas, quando chegou o dia de visitar o médico, e ele falou que eu já estava liberada para tirar o gesso e andar. Mas como também sou medrosa, eu continuei andando de muletas. O médico também falou que eu tinha de fazer 10 sessões de fisioterapia, e hoje eu fiz minha 3ª sessão. 


Essa experiência não foi muito boa, mas com ela eu aprendi que devemos respeitar aqueles realmente precisam de assistência e atenção. E só porque portam uma necessidade, não quer dizer que são diferentes, somos iguais a eles, mas com oportunidades diferentes.

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